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A Bíblia no Livro de Mórmon 

Curt van den Heuvel 
Tradução: Stephen Adams


Introdução 
Para o seguidor ardente de Joseph Smith, o Livro de Mórmon é a prova mais segura de que ele era um verdadeiro profeta. É um inegável sinal de que ele tinha grandes dons de tradução. Para um cético, o Livro de Mórmon é um interessante exemplo de ficção de antiga fronteira americana, estranha e pretensiosa, um monumento vivo da avareza e credulidade humana. Uma análise do Livro é útil, não porque nos fala qualquer coisa sobre a América antiga, mas porque vemos bem clara as atividades da psique humana, na mente do vigarista e sua marca. 

É evidente que Joseph Smith usou várias fontes em sua monumental obra. Umas destas foi seu próprio ambiente onde viveu, especificamente a intensa especulação sobre a origem dos americanos nativos que incendiaram a imaginação coletiva do começo do séc. XIX na Nova Inglaterra. Mas, de longe, a maior fonte que usou para suas idéias e prosas para fazer o Livro de Mórmon foi a Bíblia King James [N. do T.: A Bíblia King James, ou Bíblia do rei Tiago, é a maior Bíblia inglesa. Era a Bíblia vigente na época de Smith em inglês. A questão sobre sua crítica textual se pode ver aqui. Em português tem sua equivalente na Almeida Corrigida e Fiel, que segue exatamente a mesma tradução da King James]. 

É um fato inegável que o Livro de Mórmon cita a Bíblia. Este fato é reconhecido no próprio Livro, em frases como '...agora eu, Néfi, escrevo mais das palavras de Isaías, pois que minha alma se deleita em suas palavras' (II Néfi 11:2). O Livro de Mórmon contém longas citações de Isaías - há cerca de vinte e dois capítulos do profeta no Livro, em muitos casos, citados literalmente da King James Version. 

O que é menos bem conhecido é que o Livro de Mórmon faz um grande número de citações bíblicas desconhecidas. Estas citações aparecem como parte e parcela da narrativa do Livro, e são citadas por autores diferentes em momentos diferentes. São estas citações que são de interesse, porque elas revelam algo sobre a origem do Livro de Mórmon. 

Neste artigo, irei analisar os vários meios nos quais o autor do Livro de Mórmon fez uso da Bíblia em seu texto. 

O âmbito do problema 
Como já disse, há uma grande quantidade de material reconhecido no Livro de Mórmon. Estes incluem os profetas Isaías e Malaquias do Velho Testamento, e o Sermão da Montanha (Mt. 5-7) do Novo. 

Também pode se mostrar que o Livro de Mórmon contém um número extraordinário de citações bíblicas desconhecidas. O número exato é difícil de saber, por várias razões, mas pode-se dizer que passa de cem. 1 O Novo Testamento é de longe a maior fonte destas citações. Dos vinte e seis livros do Novo Testamento, vinte deles são representados por uma ou mais citações no Livro de Mórmon. O Velho Testamento também dá um pequeno  número de citações desconhecidas. Entre estas citações há de Gênesis, Êxodo, Jó, Miquéias, Oséias e Salmos. 

Citações reconhecidas 
Das citações reconhecidas, Isaías dá a maior quantidade de material. Em geral, este material é citado quase literalmente da King James Version 2 . Agumas passagens, porém, mostram que foram bastante alteradas. Por exemplo, Smith alterou Is. 29:11,12 para transformar o texto numa 'profecia' sobre a vida de Anton. (II Néfi 27:15 e seguintes). 

As mudanças que foram feitas no texto são várias. Em geral, a maioria das mudanças acontece nas palavras em itálico da King James (que os tradutores da King James usaram para mostrar que a tradução não estava no original do texto). Smith deixou cair ou modificou as palavras em itálico. Em alguns casos, as mudanças no texto levaram a leituras impossíveis. Por exemplo, II Néfi 19:1 adiciona as palavras 'mar Vermelho' em Is. 9:1, o que não faz sentido nenhum no contexto geográfico. [N. do T.: O Livro de Mórmon, neste versículo cita Isaías exatamente igual a King James, palavra-por-palavra. O Livro de Mórmon foi traduzido ao inglês por Smith. A edição brasileira do LM, a qual tenho a edição de 1975, segue EXATAMENTE o inglês, palavra-por-palavra, assim como a edição brasileira da Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová, que é traduzida literalmente do inglês, o que chega a ser irritante. Nem a Almeida Corrigida e Fiel é tão parecida com a KJV. A Nova Bíblia na Linguagem de Hoje já adiciona "mar Mediterrâneo", o que é uma adição que não está no original, é claro, mas explica bem melhor que "mar Vermelho".]

Em vários casos, o Livro de Mórmon segue os erros de tradução da King James. No versículo citado, por exemplo, Is. 9:1 deveria ler 'glorioso' em vez de 'seriamente'. O Livro de Mórmon comete o mesmo engano. 

Dois capítulos do profeta Malaquias são citados por Jesus em III Néfi 24 e seguintes. A citação é quase literal a da King James Version, com algumas variações menores. 

O Livro de Mórmon também põe o Sermão da Montanha na boca de Jesus em III Néfi 12:3 e seguintes. De novo, a citação é quase literal a KJV, com algumas pequenas mudanças, possivelmente para retirar referências anacrônicas (ainda que o autor não teve sucesso completo nisto.) 

Citações desconhecidas 
Há algumas citações desconhecidas do Velho Testamento. Jesus citou Miquéias literalmente da King James Version, em III Néfi 20:16 e seguintes. Existem alusões ao salmo 51 em algumas passagens do Livro de Mórmon e o Decálogo é citado de Exôdo em Mosiah 12 e 13. 

Citações anacrônicas 
De interesse particular são as citações que aparecem muito tempo antes das fontes serem escritas. Estes incluem várias centenas de citações e alusões do Novo Testamento, como também um anacronismo do Velho Testamento. Malaquias 4:1-2 é citado ou é aludido várias vezes em I e II Néfi (Veja I Néfi 22:15 e II Néfi 26:4, por exemplo). O problema é que Lehi e sua família supostamente deixaram Jerusalém antes da conquista babilônica - Malaquias, porém, foi um profeta do pós-exílio.  

Alguns exemplos de citações anacrônicas do Novo Testamento seriam Mt. 3:10 citado em Alma 5:52, I Co. 15:53 citado em Mosiah 16:10 e Rm. 8:6 em II Néfi 9:39. 

Palavras e frases usadas no contexto da KJV 
Há um número bastante grande de palavras que só aparecem no contexto da KJV. A implicação aqui é que estas palavras são o resultado de citações bíblicas, e simplesmente não é uma parte coincidente do vocabulário do autor. 

Alguns exemplos - a palavra 'manifestação' (ou seu plural) é usada em I Co. 12:7, na frase 'manifestação do Espírito'. Este versículo (e vários versículos em volta) é citado em Moroni 10:8. Esta, em si mesmo, não é uma citação anacrônica, já que Moroni viveu muito tempo depois do cânon de Novo Testamento ser formulado (ainda que seja um pouco obscuro como estas citações do Novo Testamento conseguiram cruzar o oceano). Porém, nós vemos que toda vez que a palavra 'manifestação' é usada no Livro de Mórmon, sem ter em conta o contexto, autor ou tempo, aparece na frase 'manifestação do Espírito'. Isto não pode ser coincidência. 

Como outro exemplo, a palavra 'amargura' aparece em At. 8:23, na frase 'fel de amargura e laço de iniqüidade'. Vemos que toda vez que a palavra 'amargura' é usada no Livro de Mórmon, aparece na frase 'fel de amargura', de novo sem ter em conta o contexto ou autor (mais ainda significante, a palavra, em todos os casos, exceto um, também aparece com a frase 'laço de iniqüidade'.) 

Um exemplo final: toda vez que a palavra 'intentos' é usada no Livro de Mórmon, aparece na frase 'pensamentos e intentos do coração', como em Hb. 4:12. 

Este escritor listou cerca de cem dessas palavra e frases 3 o qual sempre, ou quase sempre, aparece no Livro de Mórmon num contexto da KJV. 

Paráfrases do Novo Testamento de versículos do Velho Testamento 
O Novo Testamento contém um número muito grande de referências ao Velho Testamento. Muitas vezes, encontramos que a citação do Novo Testamento difere de sua fonte do Velho Testamento, por uma de duas razões - ou o escritor parafraseou o texto para fazer um ponto, ou o escritor estava citando de uma das antigas versões, normalmente a Septuaginta grega da qual difere notadamente o texto hebraico (massorético) do Velho Testamento. 

Em várias ocasiões, o Livro de Mórmon cita uma paráfrase do Novo Testamento de uma passagem do Velho Testamento. Um dos exemplos mais brilhantes deste fenômeno encontra-se em I Néfi 22:20. O texto alega que este versículo é uma citação do Velho Testamento, de Dt. 18:15,19, para ser preciso. Porém, a citação no Livro de Mórmon é muito mais parecida com a At. 3:22,23, que é uma paráfrase da passagem de Deuteronômio. 

Um mais exemplo: Alma 5:57 contém uma referência para II Co. 6:17 que de fato é uma citação parafraseada de Is. 52:11.4 

Citações agrupadas 
Em várias ocasiões, vemos que quando o Livro de Mórmon cita uma passagem bíblica,outras citações da mesma passagem são agrupadas perto da citação original. A implicação aqui é que o autor do Livro de Mórmon leu a frase na Bíblia, e inconsciente ou conscientemente alterou as frases próximas no texto. 

Por exemplo, I Néfi 22:15 contém uma citação anacrônica de Malaquias 4:1. Porém, nós vemos que o versículo 24 da mesma passagem contém uma referência para 'bezerros do estábulo', uma citação de Malaquias 4:2. II Néfi 26:4 também contém uma referência para Malaquias 4:1, como faz o versículo 6 da mesma passagem. O versículo 9 da passagem contém uma referência para Malaquias 4:2, como faz o capítulo anterior, II Néfi 25:13. 

Um segundo exemplo: Mosiah 16:7-10 contém referências para três versículos sucessivos de ICo. 15 (versículos 53 a 55), o famoso capítulo da ressurreição dos corpos. 

Jesus cita as epístolas 
II Néfi relata a visita de Jesus para América, depois de Sua ressurreição. Jesus prega vários sermões, a maioria vistos nos evangelhos do Novo Testamento. Em várias ocasiões, porém, Jesus parece citar de outros livros do Novo Testamento, antes mesmo que fossem escritos.

Em III Néfi 20:23-26, Jesus cita um sermão que Pedro ainda tinha que falar em Pentecostes, relatado em At. 3:22-26. 

Em III Néfi 18:29, Jesus cita uma linha que Paulo ainda não tinha escrito, em ICo. 11:29, com respeito a Eucaristia. 

Um exemplo final: Em III Néfi 28:8, Jesus cita ICo. 15:52-53 com respeito à Ressurreição. 

Fontes narrativas 
O Livro de Mórmon não só têm um grande número grande de citações desconhecidas, mas parece que em vários casos uma passagem bíblica inspirou uma história do Livro de Mórmon. 

Um dos exemplos mais interessantes deste fenômeno é visto em Alma 18 e 19: a história da cura do rei Lamoni. A história tem grandes semelhanças com a história da ressurreição de Lázaro em Jo. 12. O que é incrível, no entanto, é o número de palavras e frases no LM que parece vir de João, como 'cheira mal' (Alma 19:5), 'dorme' (Alma 19:8), 'se levantará' (Alma 19:8) e 'crês tu nisso?' (Alma 19:9). 

Outras cenas no LM que parecem ter sido tiradas da Bíblia: A conversão de Alma em Mosiah 27:10-24 e a história da conversão de Paulo em At. 9:1-18; Alma e a fuga de Amulek da prisão em Alma 14 compara-se com o salvamento de Paulo e Silas da prisão em At. 16; A filha de Jared dançando para Akish em Éter 8 e Salomé dançando para Herodes em Mt. 14. 

Fadiga no Livro de Mórmon 
Fadiga é um fenômeno literário que às vezes acontece quando um autor é fortemente dependente de outro. Produz pequenos erros de continuidade e detalhes, que são o resultado do autor posterior omitir detalhes estruturais ao modificar a fonte. 

Podemos ver exemplos de fadiga no Livro de Mórmon? Há pelo menos dois candidatos. 

Como vimos, Alma 18 e 19 contêm uma história que é muito parecida à ressurreição de Lázaro escrita em Jo. 11. A diferença mais óbvia é o fato que já que Lázaro havia morrido, e tinha estado morto durante algum tempo, o rei Lamoni estava num sono pro
fundo (talvez letárgico). Por incrível que pareça, porém, depois de informar sua esposa que o rei estava só dormindo, o profeta Amon diz que ele "...se levantará" (19:8). Esta parece uma frase bastante curiosa para usar sobre alguém que estava só dormindo, especialmente quando vemos que ambas as vezes que a frase é usada em outra parte no Livro de Mórmon (Alma 33:22 e Helamã 14:20), se refere a ressurreição de um morto. 

Poderia ser que ao copiar de sua fonte (o evangelho de João), Smith usou uma frase que fez sentido na narrativa de João ("teu irmão há de ressuscitar" em Jo. 11:23), mas não na estória do Livro de Mórmon? 

Um segundo exemplo é sobre a parábola do Vinhedo, descrita em Jacó 5. Esta é uma longa parábola que lança a nação de Israel no papel metafórico de uma árvore de oliveira em um vinhedo. 

Jacó 5:3 - Pois que assim disse o Senhor: Comparar-te-ei, ó casa de Israel, a uma boa oliveira, que um homem tomou e nutriu em sua vinha, e ela cresceu, envelheceu e principiou a decair. 

A parábola parece ter sido tirada de duas fontes bíblicas - o Cântico da Vinha em Is. 5, e a discussão de Paulo da relação dos gentios com os judeus em Rm. 11.6 O problema para o autor do Livro de Mórmon é que Isaías e Paulo usaram metáforas ligeiramente diferentes - Isaías usou um vinhedo e Paulo uma árvore de oliveira. É muito significante que a meio caminho da parábola, Zenos parece se esquecer que está usando uma árvore de oliveira como a metáfora e começa a usar o vinhedo inteiro como seu enfoque. 

Jacó 5:41 - E aconteceu que o senhor da vinha chorou e disse a seu servo: que mais poderia ter eu feito pela minha vinha? 

Significativamente, a fadiga aparece no mesmo ponto que o Livro de Mórmon cita uma passagem de Isaías: 

Is. 5:4 - Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?

Deste ponto em diante, o profeta Zenos se refere exclusivamente à "fruta do vinhedo" e aparentemente se esquece que vinhedos dão uvas, não azeitonas. 

Respostas apologéticas 
Naturalmente, os estudiosos mórmons estiveram durante muito tempo atentos do problema, e proporam várias teorias para responder ao fenômeno. 

Em sua monumental obra apologética, Novas Testemunhas Para Deus, o estudioso mórmon B. H. Roberts tentou responder as críticas sobre as longas citações da KJV no Livro de Mórmon. Citando o presidente Joseph Fielding Smith, Roberts escreveu: 

"Quando Joseph Smith viu que os escritos dos nefitas estavam citando as profecias de Isaías, de Malaquias ou as palavras do Salvador, ele pegou a Bíblia inglesa e comparou estas passagens até onde elas se comparavam uma com a outra e, vendo que em substância, elas eram semelhantes, adotou nossa tradução inglesa; e conseqüentemente, temos a igualdade à qual você se refere".

O problema que naturalmente acompanha esta explicação deveria ser óbvio. Se as placas do Livro de Mórmon contivessem de verdade uma versão antiga de Isaías, deveria se dizer que esta versão seria textualmente superior a contida na King James Version. A King James usou um texto hebraico que, na ocasião que a KJV foi produzida, datava de depois do séc. IX d.C. Se Smith pôde traduzir o resto das passagens não-bíblicas do Livro de Mórmon com aparente facilidade, por que ele abandonou de repente seu dom divino em favor de um texto que não pôde esperar ser mais exato? 

Mais adiante, como vimos, o texto de Isaías do Livro de Mórmon contêm os mesmos problemas e limitações da King James. Este não deveria ter sido o caso, se, como o presidente Smith falou "exceto para essas diferenças indicadas no original nefita...aqui e ali a versão do Livro de Mórmon deixou as passagens com mais sentido e clareza". 8 

Na realidade, o presidente Smith levantou um ponto suspeito: se Smith tivesse acesso a uma Bíblia inglesa quando traduziu o Livro de Mórmon, o que lhe impediu de copiar grandes partes da obra só para criar suas próprias estórias? Afinal de contas, esta é justamente a alegação dos céticos. 

Outra teoria, popularizada por Hugh Nibley, diz que o Espírito Santo de Deus dá as mesmas palavras a todos seus profetas. De novo, há muitos problemas com esta teoria. Primeiro: pressupõe que este acredita em tal coisa como uma inspiração divina inspiração que de nenhuma forma é um fato estabelecido. Uma apelação para esta teoria, então, vira um argumento circular. 

Os problemas com esta solução são, de fato, legião. Ainda tem de ser demonstrado que tal fenômeno aconteceu antes. No mundo real, sempre que um documento cita outro exatamente, esta é uma evidência que um documento que usa o outro como uma fonte (como uma fonte de pesquisa, ou o Novo Testamento, que cita o Velho), ou de plágio  (como o Evangelho de Barnabé, que usa o Inferno de Dante). Isto necessariamente significa que o documento que usa o anterior como uma fonte deve ter se originado depois. No caso do Livro de Mórmon, que contém citações do Novo Testamento, existe a implicação que o livro se originou depois da formação das Escrituras Cristãs. Pesquisas adicionais mostrarão que o Livro de Mórmon se baseia numa versão específica do Novo Testamento, isto é, a King James Version. 

Ao se analisar quaisquer das respostas apologéticas, seria bom lembrarmos da lei da parcimônia. Esta é uma lei simples de bom senso (também conhecida como Navalha de Occam) que diz que na ausência de qualquer informação contraditória, a solução mais simples para um problema geralmente é a correta. Podemos aplicar esta lei para a questão das citações bíblicas no Livro de Mórmon dessa forma: 

a) Deus, por alguma razão que só Ele conhece, permitiu os profetas nefitas fazerem grandes citações do Velho Testamento da KJV e citações anacrônicas do Novo, ou 

b) O Livro de Mórmon é uma obra do séc. XIX e  Joseph Smith simplesmente copiou a KJV no Livro de Mórmon. 

Não é necessário pensar muito para se ver qual é a solução mais simples. 

Conclusão 
Há realmente só uma teoria que responde todas as características do fenômeno. Esta teoria é que o Livro de Mórmon foi escrito por alguém qualquer que tinha uma Bíblia KJV na sua frente ou que estava intimamente familiarizado com seu conteúdo. Quando juntamos a este fenômeno outros problemas do Livro de Mórmon 9, como a falta de qualquer confirmação histórica, arqueológica ou lingüística, o grande número de termos anacrônicos e referências no livro, e seu reflexo dos assuntos e problemas da igreja protestante do séc. XIX, chegamos à inevitável conclusão que o Livro de Mórmon se originou no começo do séc. XIX. 

Notas 
[1] veja "The Book of Mormon and the Bible" (<URL:http://www.primenet.com/~heuvelc/bom/intro.htm>, n.d.), 16 de janeiro de 1999 para uma referência cruzada de citações do Novo Testamento no Livro de Mórmon. 

[2] Davi Wright tem um exame detalhado das citações de Isaías no Livro de Mórmon em "Isaiah in the Book of Mormon ...and Joseph Smith in Isaiah" (<URL:http://members.aol.com/jazzdd/IsaBM1.html>, n.d.), 16 de janeiro de 1999. 

[3] veja meu artigo "Words and Phrases Used in a KJV Context" (<URL:http://www.primenet.com/~heuvelc/bom/contxt.htm>, n.d.), 16 de janeiro de 1999. 

[4] veja meu artigo "New Testament Paraphrases of Old Testament Verses" (<URL:http://www.primenet.com/~heuvelc/bom/para.htm>, n.d.), 16 de janeiro de 1999, para uma lista mais longa destas citações. 

[5] adaptado do artigo de Marc Goodacre, "Fadigas nos Sinóticos" (<URL:http://www.bham.ac.uk/theology/q />, n.d.), 1 de setembro de 1999 

[6] veja "The Parable of Zenos" (<URL:http://www.primenet.com/~heuvelc/bom/zenos.htm>, n.d.), 16 de janeiro de 1999 manchado. 

[7] B. H. Roberts, New Witnesses for God (Vol. III) (Salt Lake City: George Q. Cannon & Sons Company, 1895), p. 428.

[8] Ibid., pág. 429. 

[9] veja "Questions on the Book of Mormon, its Author and his Work"  (<URL:http://www.california.com/~rpcman/BOMQUEST.HTM>, n.d.), 16 de janeiro de 1999 para uma avaliação dos problemas históricos do Livro de Mórmon. 


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