HOME > SEITAS E HERESIAS Glossário de termos gramaticais, filosóficos e teológicos Autor: For an Answer Christian Apologetics Este dicionário conciso foi criado para poder facilitar o estudo sobre os artigos presentes no estudo de seitas e heresias. Legenda: TG = termo gramatical TE = termo teológico FI = termo filosófico Anartros | TG | Sem o artigo. Em referência a um substantivo. Os substantivos anartros são geralmente traduzidos em português com o artigo indefinido ("um, uns"). No entanto, alguns substantivos anartros são qualitativos e portanto são traduzidos sem um artigo. Veja Articular.
| Aniquilacionismo | TE | Doutrina heterodoxa que ensina que o Inferno não é um lugar de tormento eterno para os perdidos. Depois do Juízo as almas dos perdidos são destruídas por Deus em um "lago de fogo". Os aniquilacionaistas acreditam que a doutrina ortodoxa do Inferno é contrária à idéia de um Deus de amor.
| Ário/arianismo | TE | Bispo do séc. IV que ensinava uma idéia de Cristo rejeitada pelo Concílio de Nicéia. Ário acreditava que Jesus foi um ser criado, um " deus " que agia como mediador entre o Criador e sua criação. Influenciado por um extremo ensinamento platônico, Ário ensinou que nem mesmo o Filho poderia conhecer perfeitamente o Pai. O Filho era um ser criado - ou como Ário explicou: "houve um tempo quando Ele [o Filho] não existiu. Enquanto o arianismo foi condenado como herético pelo Concílio de Nicéia, os seguidores de Ário continuaram promovendo sua cristologia por muitos anos. Algumas seitas modernas, como as Testemunhas de Jeová, defendem muitas das mesmas crenças sobre Jesus Cristo, sendo muitas vezes chamadas de "arianas", apesar de haver várias diferenças.
| Artros | TG | Sinônimo de articular. | Articular | TG | Com o artigo. Em referência a um substantivo. O grego não tem artigo indefinido. Os substantivos ás vezes ocorrem com o artigo (ho) - chamados de articulares - ou sem. O grego muitas vezes usa o artigo nos lugares onde o artigo definido seria confuso em português e normalmente os tradutores omitem o artigo nestes casos. Veja anartros. | Cristologia | TE | O estudo da pessoa e natureza de Cristo. | Gnosticismo | TE | Um heresia prevalescente nos primeiros séculos da era cristã. O gnosticismo foi um complexo sistema filosófico que ensinava que Deus era inefável e puro. A matéria era corrupta e má. O Deus do gnosticismo não poderia diretamente interagir com sua criação mas somente por meio de uma série de emanações. No gnosticismo cristão, o Filho foi a maior emanação do Pai. O gnosticismo tinha muitas crenças "secretas" (gnosis = grego: conhecimento), que, se obtidas, poderiam livrar os mortais do corrupto mundo físico e levá-las para a realidade divina.
| Modalismo | TE | O ensino que o Filho e o Espírito Santo são "modos" do Pai, ou aspectos de Um Deus. O modalismo foi a primeira grande heresia que a Igreja combateu. O modalismo apareceu em vários disfarces nos primeiros dois séculos da Igreja. Os Pais da Igreja combateram muito esta idéia de Cristo, que negava a separação entre a Pessoa entre o Pai, Filho e Espírito. Atualmente, são os unicistas pentecostais e outros "só Jesus" que ensinam uma cristologia modalista, dizendo que Jesus é o Pai e o Espírito, não distintos. | Pressuposição necessária | FI | Na lógica, qualquer pressuposição cuja negação poderia ter uma contradição, fazendo o argumento ser falso. Por exemplo, a pressuposição necessária do Jesus Seminar, que ensina que os discípulos não acreditaram que Jesus foi Deus, que o Evangelho não é infalível e inspirado, mas só a obra de um autor original e vários escritores posteriores que adicionaram versículos como Jo. 20:28 muitos anos depois da versão original do Evangelho ser escrito. Negar esta pressuposição necessária cria uma contradição, pois Tomé (e João) eram discípulos, e se o Evangelho de João reflete suas palavras com precisão, Tomé veio acreditar que Jesus era Deus.
| Predicado nominativo | TG | Em grego, o assunto de uma sentença é determinado poor seu caso - o nominativo - não pela ordem das palavras. Assim, a maioria dos predicados pode ser identificado no caso acusativo. Ao se traduzir do grego para o português, a primeira tarefa é procurar um substantivo no caso nominativo, porque será provável que seja assunto da sentença. Depois, deve-se achar um substantivo no caso acusativo, porque ele talvez será o objeto direto, ou predicado da oração. Porém, as sentenças que contêm uma forma do verbo "ser" são um pouco diferentes. No sentido exato, o predicado em uma sentença com este verbo não é um objeto direto (é "predicado" algo sobre o assunto, em vez de receber uma ação). É chamado de predicado nominativo, e aparece no caso nominativo. Deepois de descobrir o assunto, o caso é baseado no contexto e (fnormalmente) a colocação do artigo. "Existir" e "se tornar" também são dois verbos comuns no grego que levam predicado nominativo. | Pressuposição | FI | Suposições iniciais nas quais todo o pensamento é baseado. Pressuposições sãomuitas vezes difíceis de se observar ou provar porque elas existem antes da prova e se tornam o padrão pelo qual são testadas outras idéias ou argumentos. Uma pressuposição pode ser fundamental a toda a investigação ("eu existo") ou simplesmente concordado em pelos partidos para uma discussão sem prova anterior ("com a finalidade deste debate, vamos assumir. . . . "). Todos os argumentos são baseados em pressuposições, como a uniformidade de natureza (no caso de provas científicas) ou o universalidade das leis de lógica (uma contradição hoje será uma contradição amanhã). | Pré-verbal | TG | A substantivo que aparece antes do verbo em uma cláusula ou sentença. No grego, os substantivos pré-verbais, principalmente quando forem predicados nominativos anartros, são as qualidades ou características do sujetio, ao invés da pessoa ou classe do sujeito. | Quiasmo | TG | Recurso retórico usado nos escritos antigos, incluíndo o grego bíblico onde palavras-chaves são repetidas numa frase, versículo, ou uma série de versículos em um padrão inverso. Às vezes é chamada de "paralelismo inverso". Seu nome vem da letra grega chi (X), porque tem uma estrutura que se assemelha à letra 'X'. Os elementos repetidos são muitas vezes mostrados como letras e sobrescritos, como A, A'; B,B', e assim por diante. Em um quiasmo, estes elementos são ligados a um ao outro em compara de forma que o primeiro e o último é paralelo, o segundo e o segundo do último também são paralelos, e assim por diante. Pode haver dois ou mais elementos. Este recurso geralmente se concentra nas palavras repetidas, para lhes dar uma ênfase especial. As palavras ou frases repetidas - enquanto podem diferir nas formas gramaticais ou sintáticas - sempre exibem o mesmo significado. Um exemplo de quiasmo é a afirmação de Jesus: "Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiro". O quiasmo é: "primeiro ...último; por último ...primeiro" formando o padrão, AB B'A'. A estrutura pode ser estendida para incluir muitos elementos repetidos em padrões complexos e pode se estender por muitos versículos.
| Sabelianismo | TE | Uma antiga foram de modalismo | Socinianismo | TE | Um movimento religioso anti-trinitariano do séc. XVI, chamado assim pelos nomes de seus fundadores. Faustus Socinus, em sua obra "De Auctoritate Scripturae Sacrae", rejeitava toda religião puramente natural. Para ele a Bíblia era tudo, mas tinha que ser interpretada pela luz da razão. Deus, diziam eles, é absolutamente simples; mas a distinção de pessoas destrói esta simplicidade; daí, eles concluíram que a doutrina da Trindade é errada. Não pode haver nenhuma proporção entre o finito e o infinito, e por isto não poderia haver a Encarnação da Divindade, já que isso exigiria alguma proporção. Os socinianos também negavam a doutrina do Inferno, a substituição e o pecado original. | Trindade | TE | A doutrina que ensina que Deus existe eternamente em três Pessoas distintas. O trinitarianismo ensina que há diferentes ações para as Pessoas na divindade, mas o Pai, Filho e Espírito Santo compartilham a mesma natureza divina. O que é o Pai, também é o Filho e o Espírito Santo. | Universalismo | TE | Doutrina heterodoxa que ensina que todos os homens serão salvos (em alguns casos anjos, incluíndo Satã). Para eles, o Inferno é um lugar de penitência onde os perdidos serão "refinados" pelo "fogo" metafórico, sendo depois reconciliados com Deus. Os universalistas acreditam que um Deus de amor não permitiria que existisse um Inferno eterno, mas deseja que todos sejam salvos. |
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