"Nova
Era, o novo nome da Gnose"
(palavras do Papa João
Paulo II)
Muitas vezes encontramos folhetos
pregando curas mágicas, vemos livros e revistas assegurando que
ensinam a conversar com os anjos...
Um amontoado de sandices sem pé
nem cabeça está tomando conta da cabeça de muitos. Dentre os
expoentes deste movimento, normalmente chamado de Nova Era, está o
brasileiro Paulo Coelho.
Mas há algo que passa
desapercebido da grande maioria dos fiéis católicos: esse inimigo
da Igreja já aparecera antes, ainda no tempo dos Apóstolos.
Trata-se da Gnose.
A Gnose foi o produto da mistura
de elementos pagãos, principalmente gregos e egípcios, com a
Revelação feita aos judeus e completada em Cristo.
Gnose significa em grego
"conhecimento, sabedoria". Uma característica marcante da
Gnose é sua afirmação de dispor de algo que não é sabido por
todos, de uma sabedoria secreta.
Encontramos ainda na Bíblia uma
advertência dirigida a São Timóteo para que ele evite "as
contradições de uma falsa gnose" (1Tm 6,20).
A Gnose era baseada em uma visão
de mundo dualista; para eles haveria um princípio bom e luminoso,
puramente espiritual, oposto à matéria, por eles considerada má
em si.
Deste princípio bom, a Divindade,
emanariam, como ondas na água de um lago, os seres. Quanto mais
longe da Divindade estivessem, mais materiais seriam.
O homem seria, para eles, um ser
de luz que foi condenado a viver em um corpo como castigo. O mundo
teria sido criado por um ser inferior, o Deus do Antigo Testamento.
Jesus seria apenas um ser superior
aos homens, que viera para nos mostrar maneiras de transcender a matéria.
Para alguns, ele não teria sequer
corpo material; para outros, porém, ele teria um corpo material
"possuído" por esse "espírito de luz".
O objetivo do gnóstico, portanto,
era aprender as tais maneiras secretas de transcender a carne e se
"espiritualizar" cada vez mais.
Evidentemente a Gnose não era uma
sociedade única e fechada; haviam milhares de mestres, cada um
vendendo o seu peixe e os seus "segredos". Alguns, por
considerar a matéria odiosa, viviam vidas de abstinência. Outros,
porém, por se acreditarem "luminosos" o suficiente,
viviam em orgias desregradas, já que a matéria não teria efeito
sobre eles.
Vejamos portanto a relação entre
Gnose e Nova Era:
A Nova Era é, em sua base, a
mesma filosofia que já foi combatida e derrotada pela Igreja nos
primeiros séculos. Para os nossos dias, entretanto, ela se revestiu
de mais um pequeno fator: a crença, baseada na errônea tese
darwiniana, de que a evolução sempre acontece e sempre leva ao
aprimoramento.
Assim, para a Nova Era não é
necessário esforço algum, sequer intelectual, para chegar mais
perto da "divindade". A evolução faria com que esse
caminho fosse percorrido mais ou menos automaticamente, por meio da
reencarnação (também defendida pelos gnósticos).
O que o conhecimento oculto teria
a oferecer, portanto, seria apenas uma espécie de
"atalho", composto por "orações de poder",
"simpatias", rituais "mágicos", etc.
Isso facilita ainda mais a
vida do seguidor, já que nada do que faça de errado pode realmente
prejudicá-lo; a sua evolução ocorrerá, e ele pode compensar seu
apego à matéria fazendo coisas como beber água onde deixou um
cristal, repetir o nome de um ídolo hindu, etc.
Comparemos portanto as duas
versões da mesma heresia: