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Resposta
à negação das TJ de que Jesus é Deus em Hb.1.8 Por:
Department of Christian Defense
Tradução: Emerson H. de Oliveira
Hb. 1.8: (ARC, 1995): "Mas,
do Filho, diz: “Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos
dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a
justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus te
ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros".
Hb. 1.8: (TNM, 1996):"Mas,
com referência ao Filho: “Deus é o teu trono para todo o
sempre, e o cetro do teu reino é o cetro da retidão. Amaste a
justiça e odiaste o que é contra a lei. É por isso que Deus, o
teu Deus, te ungiu com óleo de exultação mais do que a teus
associados".
A primeira parte deste versículo,
em grego, diz: pros de ton
huion ho thronos sou ho theos (literalmente, “mas relativo ao Filho [Ele diz], o trono
teu o Deus...”). Para negar a divindade do Filho, muitos grupos unitários (esp.
unitarianos e as Testemunhas de Jeová) irão negar que o nominativo
articular, theos (“Deus”) aqui tem força de vocativo (como
diz na maioria das traduções: BJ, ARA, etc.). Os dois argumentos básicos
que eles montam contra o nominativo para o vocativo são:
1. Que o theos (Deus) é um sujeito nominativo: “Deus é
teu trono” (como traduzido na Tradução do Novo Mundo da Torre de Vigia).
2. Que o theos (Deus) é um predicado: “Seu trono é
Deus”.
Em resposta para o primeiro argumento: (a) em nenhuma parte das Escrituras
Deus é chamado de trono de algum ser humano, (b) se theos
fosse o sujeito, então naturalmente ho theos ("o Deus)
apareceria antes de ho thronos ("o trono"; cf. Reymond,
Teologia Sistemática, 274), mas não está e (c) o contexto de
Hebreus cap. 1 demonstra um contraste ontológico entre os anjos criados e o Filho
divino incriado: “Pois a qual dos anjos (Ele, o Pai) disse jamais:...Mas do Filho
Ele diz...” (1:5, 8). Este contraste ficaria perdido se a visão
sujeito-nominativa fosse a correta. Em resposta para o segundo argumento, se
theos fosse um predicado esperaríamos que theos fosse
anartro (substantivo sem o artigo definido) aparecendo antes de ‘seu trono' ou depois de ‘para sempre e sempre'” (cf. ibid.), mas não
é. Está claro que os dois argumentos das TJ caem ao chão
pela falta de provas gramaticais e contextuais. Então, ver theos
como um vocativo direto: “Seu trono, ó Deus” como todas as traduções
respeitáveis fazem, é baseado nos seguintes dados:
1. “a tradução tradicional, ‘seu trono, ó Deus', onde
{yhl) [Elohim] é um vocativo, e é encontrada em todas as versões antigas, muitas traduções inglesas (KJV, RV, ASV, Berkeley, que NASB, JB,
PNAB, NIV, NRSV), e muitos comentaristas modernos” (Harris, Jesus como
Deus, 196). Além disso, os Targuns antigos traduzem a passagem
como se fosse dirigida a Deus: "teu trono de glória, ó
Senhor, dura para sempre e sempre”. O versículo 3, os targumistas aplicam
a Cristo: "Sua beleza, ó Rei Messias, ultrapassa a dos homens
comuns".
2. na tradução dos LXX do Sl. 45, da qual o autor está citando, o rei é
dirigido pelo vocativo dunate (“O Poderoso”; vv. 4, 6,; cf. Reymond,
Teologia Sistemática, 274). Semelhantemente, Harris observa:
"na versão dos LXX é até mesmo mais provável que o ho
theos seja um vocativo para o rei ser referido como um 'guerreiro
poderoso' (dunate) não só no versículo 4 mas também no versículo
6...Esta dupla referência exalta a probabilidade antecedente, dada a palavra ordem, que no próximo versículo
(ho theos deveria ser traduzido “ó Deus”. Pode-se afirmar
com um alto grau de confiança que no texto da LXX do qual o autor de
Hebreus estava citando theos representa um vocativo {yhl) [Elohim]” (Harris,
Jesus como Deus, 215).
3. nos Salmos (LXX) há pelo meno sessenta e três vezes onde o
nominativo theos, tem força de vocativo.
4. o nominativo articular theos, com o vocativo, como neste texto, é uma “linguagem
bem estabelecida no grego clássico, na Septuaginta, e no Novo Testamento” (Reymond,
Teologia Sistemática, 272,; por exemplo, o nominativo articular
theos nas passagens paralelas Jo. 20:28 e Ap. 4:11
são dirigidos diretamente à pessoa a quem se fala). Fazendo um comentário sobre o nominativo
articular para o vocativo, Wallace mostra que há “quase sessenta exemplos disto no NT” e que há “quase 600
lugares do nom. art. anartro para o voc. no NT” (Wallace, Além dos
Fundamentos, 56-57, nn. 69, 72). Tão comum era o nominativo para o
vocativo que de todas as vezes no NT que theos era dirigido
à pessoa, que só em um versículo theos na verdade aparece no caso
vocativo: qee mou qee mou, thee mou thee mou (“Meu Deus, meu Deus. .
.”; Mt.. 27:46).
5. o contexto de Hebreus 1 é dirigido ao Filho como Deus em um sentido
ontológico (cf. Hb.. 1:3) como distinto dos anjos criados.
Seria contextualmente inconcebível que o autor quebraria o contexto de repente para ter para o Pai
dizendo em 1:8: “Seu trono é Deus,” ou “Deus é seu trono”.
Então, gramática e contextualmente, devemos ver o nominativo articular
theos como vocaivo direto: “Seu trono, ó Deus, é para
sempre e sempre”. Para isto o consenso universal está com a erudição objetiva.
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